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    O Menino das Estrelas

    O Menino das Estrelas

    Lagar

    Ó menina Cléo de Páris
    Tão humana e bela atriz

    Tu que fazes arte por amor
    Tens no ventre d'alma sua dor

    Mas não te ressintas com os tolos
    Eles definitivamente não são o teu mar

    Fazes do palco sua arena romana
    Pois ali reside sua força arrebatadora

    Ó menina Cléo de Páris, sua tristeza
    É de inverossímil generosidade

    Mas é da natureza dos bons tragos
    Ficar reservado para as boas visitas

    Deixemos aos tolos, aos que se furtaram de ti,
    A embriaguês dos mais reles vinhos

    Sua arte tem intensa platéia, senta-se a ela Baco
    Todos sorvem a ti em sussurros de encantamento

    Regados e deliciados com o vinho pisado pelos teus pés
    O palco é o seu lagar, é sua arena, é a mesa da sua vida!

    Os lenços brancos como o costume romano,
    Pedem por tua clemência aos ausentes e aos vis

    Pois não te preocupes: temos nossas taças bem servidas
    Para brindar e aplaudir o teatro de tão humana e bela atriz

    Fernando Guimarães

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